Vírus informático Stuxnet remonta a 2007, segundo especialistas
Vírus teria sido criado pelos EUA ou por Israel para conter o Irã.
Até agora, pensava-se que praga havia sido desenvolvida em 2009.
O vírus informático Stuxnet, supostamente desenvolvido pelos Estados
Unidos ou por Israel para conter as ameaças do Irã, remonta ao menos a
2007, afirmaram nesta quarta-feira (27) pesquisadores. A empresa de
segurança Symantec disse que o Stuxnet, que até agora pensava-se que
havia sido desenvolvido em 2009, é mais antigo que o informado
anteriormente.
Uma análise do código utilizado no malware (software malicioso) revela
que “esteve em funcionamento entre 2007 e 2009, com indícios de que,
inclusive versões anteriores ou variantes dele, estavam em funcionamento
antes de 2005”, afirma a Symantec em seu blog.
O Stuxnet foi projetado para atacar os sistemas informáticos de controle
produzidos pela gigante industrial alemã Siemens, normalmente
utilizados para administrar fornecimentos de água, plataformas
petroleiras, centrais elétricas e outras infraestruturas chave.
A maioria das infecções pelo Stuxnet foi descoberta no Irã, dando lugar a
especulações de que existia a intenção de sabotar as instalações
nucleares do país. Segundo rumores, os serviços de inteligência dos
Estados Unidos e de Israel colaboraram para desenvolver este vírus
informático para sabotar os esforços do Irã para fabricar uma bomba
nuclear.
A Symantec chamou o Stuxnet de “uma das peças mais sofisticadas de
malware que já foi desenvolvida” e disse que no último ano foi detectado
“um pequeno número de infecções latentes”. Cerca da metade destas
infecções estavam no Irã, mas outras apareceram nos Estados Unidos e em
outros países.
A Kaspersky, uma empresa de segurança informática da Rússia, disse que
no ano passado o Stuxnet estava vinculado a outro vírus informático
apelidado de Flame, que pode ter sido criado em 2007 ou 2008.